Tuesday, November 30, 2004

Romântico sim, por natureza e convicção!

Para ouvir ao som de Sentimental - Los Hermanos

Meus amigos mais próximos sabem o quanto eu sou romântico. Às vezes até demais. Só não sabia que até mesmo quem não me conhece bem pudesse perceber isso ao ler textos meus que não fazem menção direta a tal condição. Mas foi o que aconteceu. Conheci recentemente uma certa moça (que por sinal tem a parada!!) que disse que havia lido alguns textos neste blog e percebeu logo de cara que eu era um daqueles românticos.
De fato eu não tenho como negar meu romantismo. Mando flores, escrevo poesias, tento fazer músicas...faço tudo que estiver a meu alcance pra mostrar meus sentimentos. Mas não sei até que ponto isso é bom ou ruim. Digamos que eu tenha crescido aprendendo o quanto era bonito ser assim. Mas diante de tantos insucessos na vida amorosa, hoje eu me questiono se é bom ser romântico ou não.
Não sei porque raios eu comecei com esse meu romantismo. Afinal, a maioria dos meus amigos na adolescência era daquele tipo cafajeste já relatado no post anterior. Acho que eu queria ser diferente, sei lá. Só sei que eu só fui “piorando” ao longo do tempo. Meu primeiro namoro eu fui super frio. No segundo eu fui o ser mais romântico da face da terra. No terceiro, mais ainda...e a coisa foi crescendo gradativamente. Até que eu dei uma freada. Achava que a culpa dos meus insucessos era esse meu romantismo exacerbado que deixava as namoradas enjoadas.
Meu último namoro de verdade eu fui super frio. Fiz coisas que nunca fiz. Saía sem avisar, praticamente não ligava...dizer que gostava então, nem se fale. Diria que eu fui um pouco cafajeste, sim. Mas também não me arrependo. Acho que eu precisava me conhecer ainda mais nesse aspecto. Mas tive a certeza que eu sou um romântico mesmo, não dá para fugir disso.
Sinto que eu não consigo me sentir completo se não mergulhar de cabeça. Se não me dedicar. Se não for companheiro pra todas as horas. E se não for romântico. Às vezes eu acho até que pode ser coisa do signo, sei lá. Sou de Peixes e já namorei uma pisciana como eu. Penso eu que não deu certo porque os dois eram românticos demais e acho que ela cansou primeiro do que eu! Mas pode também não ser. Tenho um amigo de Peixes também que sai mergulhando em tudo quanto é aquário, sem medo de ser feliz. Safado ao extremo!
Na verdade eu acho que a melhor coisa que eu faço é desistir de tentar entender o meu romantismo. E mais ainda: desistir de tentar freá-lo. Cada um tem suas peculiaridades e é isso que dá a graça em qualquer relacionamento. Eu vou continuar com meu romantismo, sempre. Uma hora funciona! Enquanto isso continuo jogando meus versos ao vento esperando que eles possam chegar aos olhos de alguém que se encante por eles, no momento certo e na hora certa!

Tuesday, November 23, 2004

Machuca que eu gostcho!!


Acho que pra existir algo mais complexo que as relações entre homem e mulher, só Deus fazendo o mundo de novo. Como eu acredito que Ele não pretende fazer isso tão cedo, até porque, com o perdão do trocadilho, deve dar um trabalho dos diabos, essas relações continuam sendo muito polêmicas.
Estava discutindo com a Luíza sobre o quanto nós concordamos em música e o quanto divergimos sobre cinema, e pensamos em escrever sobre o mesmo assunto pra ter um “tira-teima”. Como ela deu uma verdadeira lição sobre a “cafagestagem” masculina e a conivência feminina, eu precisava aqui me manifestar sobre o mesmo assunto. E por incrível que pareça, eu concordo plenamente com a Luíza. E digo mais: concordo plenamente!
Vou tentar não reproduzir aqui muita coisa que ela já disse. Qualquer coisa, visitem o blog dela e leiam o post que divaga com maestria sobre o assunto. Mas é fato que as mulheres hoje em dia, apesar de já terem evoluído em muitos aspectos, continuam gostando daqueles caras cafajestes. Que sacaneiam, que mentem, que traem, que escondem as coisas e mais uma série de delitos previstos na hipotética Constituição Universal das Relações Humanas. Ok, ok...Muitas tentarão negar! Até porque há exceções...Poucas, pouquíssimas...cada vez mais raras...quase tanto quanto a Coca-Cola do rótulo azul na época do Festival de Parintins. Mas...há! Só que ela são tão raras que nenhuma vai ler isso!
Um grande amigo meu é a prova viva da resistência-feminina-a-rapazes-bem-intencionados. O cara tem o dom de se dar mal em relacionamentos. É um rei. Consegue ser pior do que eu, mas isso não vem ao caso! Alguns meses atrás ele conheceu uma moça. Ela já tinha uma relação mal resolvida, com um rapaz que tinha namorada! Era, por assim dizer, “a outra”. E o meu amigo resolveu apostar. Eles ficaram direto um fim de semana, a moça viajou em seguida e passou vinte dias de férias. E o meu amigo fiel até o último momento. Ela voltou, eles passaram uma semana numa boa...Saindo juntos e tudo, aquela coisa bem namoradinhos apaixonados. Mas depois de uma semana adivinhem quem ela escolheu?
Ela escolheu o cara que já tinha namorada, que só se encontrava com ela escondido, que não podia sequer sair pra comer um x-salada com ela no Ypiranga para não ser visto...Enfim, o cara que reunia todas as limitações possíveis para um relacionamento. E tenho certeza que uma situação assim não é privilégio só do meu amigo não, com certeza muitos de vocês já viveram ou pelo menos viram coisa assim.
Acho que isso é algo mais forte que as mulheres. O lado irracional tende a direcioná-las sempre para aquele que não presta. E esses tipos não dão muitas alternativas. Na maioria dos casos, iludem pela frente e por trás aprontam peripécias que até o James Bond duvidaria. E quando a mulher descobre, vem aquela célebre frase: “mas ele era tão bom comigo, eu jamais iria desconfiar...”. Em outros casos, como o exemplificado acima, o cara arruma logo uma amante. Aí a oficial, no futuro, vai soltar a frase que eu acabei de citar, enquanto a amante vai se deixar levar pela filosofia de que “ele é perfeito pra mim, o único problema é que tem namorada”. Probleminha besta esse né, por que se preocupar? Ai ai, essas mulheres...
Então, mulheres, meninas, moças, senhoras: não digam que vocês gostam dos cafajestes por falta de opção. Vocês escolhem eles porque querem, com o perdão da sinceridade! E os homens bem intencionados que se virem para procurar as mulheres que não gostam dos safados! O problema é que eles demoram tanto pra encontrar que acabam sendo forçados a virarem cafajestes também. Aí o processo é irreversível!

Also visit:
http://luliandthecity.weblogger.com.br

Sunday, November 21, 2004

E daí se eu te amo?

Há muito tempo uma coisa incomoda a minha cabeça: saber dizer o “Eu te amo”. Vejo tanta gente falando isso, o tempo todo...e confesso que as vezes eu fico meio pensativo sobre a sinceridade destas palavras em certos momentos.
Lembro bem da primeira vez que eu disse “Eu te amo” pra alguém de verdade. Digo de verdade porque já tinha dito algumas vezes, mas sem refletir sobre o que essa frase significava de fato. A primeira vez foi em 06/03/2000. Lá se vão quase cinco anos.... Lembro bem que eu estava sentado na escada da casa da minha namorada na época... Tinha saído no dia anterior, sem ela, e senti uma falta danada da respectiva! Passei a noite pensando sobre tudo que eu sentia por ela, sobre como estava tudo tão perfeito no nosso namoro...e fui lá e disse pra ela que a amava. Não, eu não ouvi o tão famigerado “eu também”. Mas também não ouvi um “eu te amo também”. Ela se limitou a dizer: “você não tem idéia do quanto é bom ouvir isso”, e me olhou com aquele olhar que até hoje é difícil ver igual de tão lindo que era.
Confesso que na hora me senti um pouco frustrado. Mas hoje, tanto tempo depois, vejo o quanto foi bom que ela tenha sido sincera naquele momento. Queria eu que outras pessoas também tivessem agido assim em outros momentos, mas não é isso que eu vou discutir agora aqui. O fato é que hoje o “eu te amo” está banalizado. Hoje, em muitos casos, a pessoa conhece a outra num dia, em uma semana já adora, com duas já está amando, e, não muito raro, duas semanas depois já praticamente nem se falam. Isso é deveras complicado!
O que eu vejo, na maioria dos casos, é uma supervalorização das palavras. Vejo muita gente precisando dizer que ama, mas sem demonstrar isso de fato com atitudes. Sem mostrar preocupação sincera, sem estar do lado nas horas dos problemas... enfim, dizem eu te amo sem mostrar o amor.

O “eu te amo” não faz sentido só pelas palavras. Ele precisa ser vivido, sentido, respirado...e nem sempre falado. Ouvir é muito bom. Demonstrar, melhor ainda.

Tuesday, November 16, 2004

O Dom de ter "a parada!"

Eu tenho um amigo de longa data. E sempre conversamos sobre os assuntos mais diversos. Entre eles, claro, as mulheres. E conversando certas vezes, chegamos à conclusão de que não existem apenas as mulheres feias, as bonitas, as gostosas e as do tipo “natação” (nada de frente, nada de costa...) . Existem aquelas mulheres que simplesmente TEM A PARADA!
E o que é uma mulher que tem A PARADA? Ora, é aquela mulher que não é tecnicamente perfeita, que não nasceu nenhuma Daniela Cicarelli, nenhuma Britney Spears, mas que mesmo assim tem o dom de derrubar todos os homens que a cercam. Vocês já pararam pra pensar nisso?? É mais comum do que a gente pode imaginar. Tem aquelas que você olha, que ela é metida, esnobe, não fala com ninguém, tem a famosa “cara de pau no cu”, mas... tem a parada! Tem aquela que tem uma gordurinha a mais aqui ou ali, que tem alguma cicatriz....mas que tem a parada! E tem aquelas que aparentemente não são nada demais...e mesmo assim tem a parada!
Esse tipo de mulher é perigoso! Eu mesmo conheço várias. Claro que não vou citar nomes aqui. Nessas horas é melhor esconder o jogo! Já tive inclusive a sorte de ter algum tipo de envolvimento com uma ou outra, mesmo que brevemente. E foi bom. Faz um bem danado você parar e pensa que teve ali com uma menina que “tem a parada!”. Elas sempre mexem com você de alguma forma além das “reles mortais”.
Mas o que é a tal “parada”? Por favor, sem pensamentos em alucinógenos, entorpecentes e associados por aqui. A “parada” em questão é aquele charme especial, aquele olhar de canto que hipnotiza, aquele sorriso altamente encantador...se a mulher tiver mesmo “a parada”, o sorriso pode ter até um dentinho torto que a gente nem liga. Ela continua tendo “a parada” totalmente intacta!
O pior (ou seria melhor?) é quando tem aquelas mulheres que são tecnicamente perfeitas, tem o corpo bonito, o rosto lindo, e ainda assim conseguem ser gente boa, carinhosas, simpáticas...Essas são de matar qualquer um! Se você encontrar uma dessa, meu amigo, não desperdice! Porque você encontrou a grande raridade, que é a mulher que tem a parada na sua forma mais bruta. Aquelas que mereceriam figurar numa hipotética nota de R$ 500,00. Quase que um verdadeiro diamante.

Sabe Deus quando eu vou encontrar a minha... Ah, essas mulheres!


Wednesday, November 10, 2004

Plasmodium Vivax, não!!

Tirar férias e não viajar já é um pé no saco. Tirar férias e ter que estudar então, nem se fale. Tirar férias e não estudar como deveria, complica ainda mais a situação. É...aí você fica fadado a ficar em casa à tarde, pensando na vida, vendo televisão e gastando tempo na Internet. Coisas que eu ando fazendo com maestria.
Só que quando as coisas parecem não poder piorar, eu lembro que a servidora de Internet e TV a Cabo chama-se Vivax! E a tal da Vivax não tem o que fazer e fica fora do ar durante toda a tarde. Saiu por volta das 13h, escrevo isso perto das 18h e a na TV só aparece uma tela azul, sem nada, e meu cable-modem insiste em piscar apenas uma luz, das quatro que deveriam piscar. É uma coisa deveras irritante. Dá vontade de ficar olhando pra porra do modem e pra maldita TV pra ver se eles funcionam “na pressão”. E dá-lhe ligar pra maldita Vivax e só informarem que houve um problema e que em breve o sinal será reestabelecido. É incrível a riqueza de informações que essa empresa repassa. A vontade que dá ao ouvir isso é dizer: “Jura que houve um problema? Não sabia! Liguei para saber como estava a sua mãe!”.
Não sei que diabos que aconteceu para resolverem mudar de Horizon pra Vivax. Não melhorou nem um “culhonésimo”, como diria meu primo Neto, ou ainda um “culímetro”, como diria o Danilo. Só sei que essa mudança de nome serviu para constatar que essa empresa é de fato uma doença! É, porque se vocês não sabem, esse nome VIVAX, é “xará” de um certo Plasmodium Vivax, um dos transmissores da malária. É, isso mesmo! O Plasmódio transmissor de uma das doenças que mais atormenta a Amazônia leva o mesmo nome da empresa que oferece os serviços de TV e Internet a Cabo. Sábia Coincidência? Ironia do Destino? Vai saber...
Já passa das 18h, e nada da net. E se eu fosse viciado em Malhação? E em Cabocla? Ou ainda no AM TV!! Saudades daquelas anteninhas VHF’s tão eficientes, ou ainda daquele irritante barulho da conexão discada! Isso é que dar querer ser “muderno!”. Não sei o que fazer agora pro tempo passar. Acho que vou tomar banho, comer, cagar, sei lá! Só sei que se eu perder Senhora do Destino eu acabo com essa Vivax!!

P.S: A internet e a televisão a cabo só voltaram após as 20h30, e o autor não viu a novela nem os trinta primeiros minutos de Santos x LDU do Equador!


Thursday, November 04, 2004

A DITADURA DO APENAS

Por Dante Graça

Man, eu apenas preciso falar uma coisa pra vocês. Diante da falta do que escrever, resolvi falar de algo que me acompanha em meu cotidiano e que cada dia ganha mais e mais adeptos. A expressão “APENAS”. Quem que me conhece, ou conhece qualquer um dos meus amigos, nunca ouviu isso?
Muito já se foi discutido sobre o surgimento do APENAS como um mecanismo de ênfase nas frases. Mas não se sabe ao certo quando surgiu. Estudiosos do assunto atribuem a propagação do APENAS ao ex-Vadio (do finado
www.osvadios.blogger.com.br) Bruno Franco, vulgo Chupeta. O fato é que a expressão passou a se alastrar de forma violento entre os amigos dos Vadios no decorrer deste ano. Quando o APENAS já parecia concretizado, ele ganhou um acompanhante. O “Man”.
Expressão criada há tempos pelo “caboquês” pra substituir os clássicos “Cara, bicho, velho e afins”, o Man, utilizado junto ao APENAS, traz uma conotação ainda mais enfática. Geralmente, o Man vem antes do APENAS no começo da frase, e depois do APENAS ao final da frase. Vamos usar a primeira fase deste post como exemplo e criar uma situação hipótetica:

- Man, eu apenas preciso falar uma coisa pra vocês: o Pirata apenas assumiu que é metrossexual! APENAS, MAN!

Entederam o espírito da coisa? Pois é! O Pirata em questão é o Paulo Motta (
www.fotolog.net/paulomao), usado como exemplo por ser um dos caras que mais utiliza a expressão APENAS nas suas frases. Levantamentos comprovam que, em mensagens de celular, ele chega a escrever APENAS quatro vzs, sendo que a mensagem não chega a ter dez palavras. É apenas um exagero, apenas man!
O fato é que a cada dia o APENAS vai ganhando mais adeptos. Dos Vadios e “Vadios Honorários”, a expressão foi ganhando corpo pelo mundo virtual afora e já é utilizada por vários internautas de vários núcleos diferentes, como Thiago Franco (/el_cabron) Nelginha Brock (/advogatinhazinha) e Vanessa Souza (/vanexxinha), apenas para citar alguns.
O APENAS está reinando soberano. Será o “APENAS”, como expressão de ênfase, a mais nova vedete da língua portuguesa? Apenas aguardemos, apenas man!!