Wednesday, December 08, 2004

Chifre não existe, é apenas uma coisa que colocam na sua cabeça!

Eu sempre tenho puxado os assuntos neste blog e tenho visto que os temas aqui citados têm se estendido por outros blogs, não apenas o da Luli¹, que já é uma “parceira intelectual”, como o do Salsicha², por exemplo. As famosas “variações sobre o mesmo tema”...mas enfim. Dessa vez vai ser um pouco diferente. Eu vou falar sobre uma coisa que me foi sugerida pela Luli: traição.
Confesso que pra mim é meio estranho falar sobre isso. Até porque eu não tenho grande vivência no assunto. De verdade. Não estou querendo posar de santo aqui não. Mas eu de fato nunca traí. Até porque meus namoros sempre foram muito curtos. Tecnicamente falando, claro. Porque as únicas vezes que eu fiz algo que poderia ser chamado de traição, eu estava vivendo um “pseudo-namoro”, já que ele tinha clima de namoro, jeito de namoro, costumes de namoro...Mas a menina já havia recusado o meu pedido pra namorar por duas vezes. Então eu meio que me desprendi de certos valores dignos de um namoro. Se fiz certo ou não, eu não sei. Arrependo-me? Confesso que refleti muito sobre isso, e às vezes me arrependi. Mas sei que isso também serviu pra eu aprender bastante, me conhecer melhor.
Mas eu já fui traído. E logo de cara, no primeiro namoro! Eu lembro bem que meus amigos viram a minha então namorada abraçada com um cara em um show dos Raimundos que aconteceu em novembro/99, no Manaus Show. E me avisaram. Só que não viram nada além disso. E também, independente disso, eu já queria terminar o namoro porque tava afim de outra. Ironia, né? Mas eu soube que havia sido de fato traído um mês depois, e ainda soube que conhecia o cara! Mas não me abalou tanto, até porque ela nunca foi minha grande paixão. Mas que feriu o ego, isso feriu.
Agora vem aquela questão já muito discutida e nunca resolvida: você perdoaria uma traição? Eu sei que vou ser muito criticado por isso, mas eu manifesto minha opinião inicial. Eu perdoaria. Claro que eu não ia perdoar incondicionalmente. Se a minha namorada me contasse e mostrasse de fato um arrependimento pelo que fez, eu acho que perdoaria. E claro, se eu amasse a pessoa de verdade. Quem que, quando amava alguém, nunca suportou coisas que não queria? Dizem que errar é humano e perdoar é divino.
Mas é muito complicado eu dizer isso sem viver a situação. Aqui escrevo que poderia perdoar uma traição, mas quem sabe se (ou seria melhor dizer quando?) isso acontecer eu vou mesmo perdoar? Talvez eu saia dando patadas na mulher sem ao menos deixar ela dar uma palavra sequer.
Acho que o grande segredo é não falar nada antes da hora. Não dizer que perdoaria nem que não perdoaria. E, acima de tudo, não julgar as atitudes de quem passou por uma situação dessa. Porque mais cedo ou mais tarde a gente pode estar na mesma situação, e só aí veremos o quanto é difícil se comportar. Mas se alguém quiser arriscar e julgar as atitudes dos outros, tudo bem. Cada um tem seu direito. Agora tomem cuidado. Porque morder a língua dói pra caralho!!

¹ http://www.luliandthecity.weblogger.com.br

² http://www.potaqueupareu.blogger.com.br